quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Vou superar! O que me resta é superar!



Foi o que pensou a aclamada atriz e escritora Fernanda Pinheiro Esteves Torres, mais conhecida como Fernanda Torres, ao ser vaiada em uma de suas apresentações teatrais na Alemanha.
Em uma entrevista dada ao Ofício em Cena, da Globo News de 10 de novembro de 2015, a atriz traz uma grande lição sobre as possibilidades de sermos vaiados. Me desculpem os que não a admiram, mas acho um charme as suas performances e o seu sempre bom humor.
Por isso posso dizer: Uau! Tão destacada e profissional, ainda soube tirar de letra um espetáculo de vaias e batidas com os pés no chão do teatro, que o público alemão produziu em demonstração da não satisfação com a peça.   
Me perguntei, ao assistir à entrevista, qual poderia ser a minha reação diante daquele constrangimento. Claro que não obtive respostas, uma vez que nunca estive em tal situação. Talvez começaria a vaiar e bater os pés no chão acompanhando a plateia; talvez sairia correndo; me jogaria ao chão forjando um desmaio; gritaria; choraria...não sei.
Embora não saiba dar respostas a essa minha indagação, de uma coisa tenho certeza: costumamos não superar situações menos expositivas e constrangedoras. Desafios; desavenças; palavras rudes; o silêncio; o não sorriso; uma observação; a falta de um “bom dia”; o trânsito; os horários; o café frio; a falta de sobremesa; uma reunião; o cartão de crédito; o barulho do vizinho; um choro de uma criança mimada; a fé alheia.

Mudemos o nosso rumo. O que nos resta, então, é superar “as vaias da plateia”.

3 comentários:

  1. Muito bom! Realmente, preciso aprender a lidar com situações constrangedoras! A Fernanda Torres é muito inteligente, a admiro bastante!

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  2. Excelente! Eu travaria e sairia correndo e chorando!

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  3. Texto incrível. Muito bom mesmo! Acho que nos dias de hoje estamos cada vez mais em busca da aceitação e uma situação como essa, despontaria qualquer ser humano com ego não tão alto. É importante ressaltar também a reação da platéia, pois precisamos ser críticos na vida, porém temos que ter educação para isso.

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