sexta-feira, 4 de março de 2016

Sorria! Você está sendo filmado (pelos céus)!


Este texto não será um espaço para uma discussão acerca das centenas de placas informando que estamos sendo filmados, por uma questão de segurança, em estabelecimentos comerciais.
Ao contrário! De um outro tipo de câmera, e de um outro ângulo, o texto tratará.
Há quem diga que a pessoa rica é aquela que tem tempo. Tempo para perceber que as crianças só são pequenas uma vez; os adultos adoecem e envelhecem; as oportunidades de enxergar grandiosas coisas em simples atitudes passam despercebidas, se não tivermos cuidado.
Ser rico é ter tempo de olhar para o céu e contemplá-lo! Ter a oportunidade de sentir a brisa suave do vento; a maresia à noite nas calçadas das praias. Ser rico é ter tempo de conversar com alguém cuja companhia faz falta.
Ser rico é sentir, da maneira que se pode.
Ter o desejo de conquistar novos “territórios”, de nunca parar, de continuar persistindo nos faz ser ricos!
Aceitar que, por mais neuróticos que sejamos, isso nos faz estar em movimento e em constante busca por autoconhecimento. Riqueza!
Ter fé! Acreditar que há alguém Maior que, independentemente das circunstâncias, nos olha; nos admira; deseja a nossa sincera amizade e a nossa entrega. Isso é ter riqueza.
Confiar que não estamos aqui protegidos pelo acaso; que não somos frutos de coincidências; que existe um propósito e um tempo determinado para tudo, bastando apenas ter sabedoria para esperar, isso é ter muitos tesouros!
Não somos marionetes! Não há um Ser fazendo de nós o que bem entende. Vivemos as nossas decisões. Tudo o que escolhermos será influência para a colheita vindoura.

Há um céu deslumbrante acima de nós. Podemos escolher olhar para ele e sorrir, em gratidão. Quem sabe estamos sendo filmados para ser capas de revistas angelicais?
 

terça-feira, 1 de março de 2016

Malala Yousafzai e a luta pela educação

         
        No mês em que se comemora o dia internacional da mulher, muitas homenagens serão feitas na mídia e nas instituições onde a data é lembrada. Diante de tantos nomes que poderiam ser expostos, diante de tantas mulheres que merecem elogios, lembranças e suas histórias divulgadas, uma que anda representando bem a classe feminina no mundo merece ser destaque.
    Malala Yousafzai (12 de julho de 1997) é uma ativista paquistanesa. É a mais nova ganhadora de um Nobel na história, posto antes ocupado pelo físico australiano Lawrence Bragg, que ganhou o Nobel de Física em 1915, aos 25 anos. Ficou conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal, no nordeste do Paquistão. Nesta região, os integrantes do Talibã impedem as jovens de frequentar a escola e diariamente destroem os prédios escolares com explosivos, com a finalidade de impedir o acesso à educação. Além disso, o grupo extremista invade casas onde famílias possuem aparelhos de tevê, ou livros, para destruir qualquer possibilidade de aprendizado de uma ideologia que não seja a talibã. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional.
        Após várias ameaças sofridas por ela naquele território, na tarde de 09 de outubro de 2012, Malala entrou num ônibus escolar na província de Khyber Pakhtunkhwa e um homem armado chamou-a pelo nome, apontou-lhe uma pistola e disparou três tiros. Uma das balas atingiu o lado esquerdo da testa e percorreu até o seu ombro. Nos dias que se seguiram ao ataque, a adolescente manteve-se inconsciente e em estado grave. Quando a sua condição clínica melhorou, foi transferida para um hospital em Birmingham, na Inglaterra. A tentativa de assassinato desencadeou um movimento de apoio nacional e internacional.
     
         Em 29 de abril de 2013, a jovem paquistanesa foi capa da revista Time e considerada uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. Em 12 de julho do mesmo ano, Malala discursou na sede da Organização das Nações Unidas, pedindo acesso universal à educação.
        Aqui no Brasil, em 2013, a Editora Companhia das Letras lançou a biografia da jovem e explora os ataques que sofreu enquanto ficava mais conhecida por seu ativismo em prol da educação de meninas.
      Além do livro publicado, suas frases e ousadia têm ficado cada vez mais conhecidas na internet, em blogs, redes sociais e em programas jornalísticos ao redor do mundo. Uma das mais conhecidas e impactantes, que resumem a sua missão e escolha de vida é “Uma criança, um professor, um livro e um lápis podem mudar o mundo."
         Sem desmerecer qualquer grupo, ou ativismo, cujos focos estão no desenvolvimento social, a história de vida dessa jovem, proveniente de uma cultura de extremismos, deve ser tomada como exemplo de mudança de postura e de mente, além de ser mais difundida e aplaudida. É na educação que há a possibilidade do diálogo e das mudanças. É na formação de cidadãos que há espaço para futuros cuidadores das questões mundiais.
        Cada um de nós tem uma responsabilidade em seu entorno social. Se assim não fosse, qual seria a finalidade de estarmos exatamente onde fomos colocados e ao redor das pessoas com quem convivemos? Muitas respostas podem ser encontradas com facilidade; outras necessitam de mais busca. Talvez algumas nunca serão contempladas. Mas uma coisa é certa: nossa existência não é em vão!

         Quer seja para o homem, quer seja para a mulher, ou criança, o início de todas as mudanças se dá por meio do ato de semear a educação. É uma pena que o plantio dessas sementes seja tão desvalorizado!