Malala Yousafzai (12 de julho de 1997) é uma
ativista paquistanesa. É a mais nova ganhadora de um Nobel na história, posto
antes ocupado pelo físico australiano Lawrence Bragg, que ganhou o Nobel de
Física em 1915, aos 25 anos. Ficou conhecida principalmente pela defesa dos
direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na sua região natal, no
nordeste do Paquistão. Nesta região, os integrantes do Talibã impedem as jovens
de frequentar a escola e diariamente destroem os prédios escolares com
explosivos, com a finalidade de impedir o acesso à educação. Além disso, o
grupo extremista invade casas onde famílias possuem aparelhos de tevê, ou
livros, para destruir qualquer possibilidade de aprendizado de uma ideologia
que não seja a talibã. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento
internacional.
Após várias ameaças sofridas por ela naquele
território, na tarde de 09 de outubro de 2012, Malala entrou num ônibus escolar
na província de Khyber Pakhtunkhwa e um homem armado chamou-a pelo nome,
apontou-lhe uma pistola e disparou três tiros. Uma das balas atingiu o lado
esquerdo da testa e percorreu até o seu ombro. Nos dias que se seguiram ao
ataque, a adolescente manteve-se inconsciente e em estado grave. Quando a sua
condição clínica melhorou, foi transferida para um hospital em Birmingham, na
Inglaterra. A tentativa de assassinato desencadeou um movimento de apoio nacional
e internacional.
Aqui no Brasil, em 2013, a Editora Companhia
das Letras lançou a biografia da jovem e explora os ataques que sofreu enquanto
ficava mais conhecida por seu ativismo em prol da educação de meninas.
Além do livro publicado, suas frases e
ousadia têm ficado cada vez mais conhecidas na internet, em blogs, redes sociais e em programas jornalísticos ao
redor do mundo. Uma das mais conhecidas e impactantes, que resumem a sua missão
e escolha de vida é “Uma criança, um professor, um livro e um lápis podem mudar
o mundo."
Sem desmerecer qualquer grupo, ou ativismo,
cujos focos estão no desenvolvimento social, a história de vida dessa jovem,
proveniente de uma cultura de extremismos, deve ser tomada como exemplo de
mudança de postura e de mente, além de ser mais difundida e aplaudida. É na
educação que há a possibilidade do diálogo e das mudanças. É na formação de
cidadãos que há espaço para futuros cuidadores das questões mundiais.
Cada um de nós tem uma responsabilidade em
seu entorno social. Se assim não fosse, qual seria a finalidade de estarmos
exatamente onde fomos colocados e ao redor das pessoas com quem convivemos?
Muitas respostas podem ser encontradas com facilidade; outras necessitam de
mais busca. Talvez algumas nunca serão contempladas. Mas uma coisa é certa:
nossa existência não é em vão!
Quer seja para o homem, quer seja para a mulher,
ou criança, o início de todas as mudanças se dá por meio do ato de semear a
educação. É uma pena que o plantio dessas sementes seja tão desvalorizado!
Excelente reflexão.
ResponderExcluirEm tempos de fundamentalismos... A educação se tornou um alvo de disputas ideológicas. Tentaram assassinar a garotinha do Paquistão e tentam assassinar todos os dias as palavras do finado Freire em sua pedagogia da "autonomia"...
ResponderExcluirEste mês, a novidade foi a censura dos pais de alunos ao colégio Pio X. A razão foi que um livro paradidatico citava, sem fazer apologia, os modelos diferentes de família. O colégio teve que se pronunciar em carta aberta contra a "ideologia de gênero"... Pois esse termo provoca tanto medo nos pais quanto "aborto"... "Morte"...Mas Tudo certo! O livro continua... No fundo, por conta da discussão, o tema é colocado em pauta e em evidência, mesmo se demonizando o verbo/logos "ideologia de gênero"... Afinal de contas, atirar na palavra, no discurso é legítimo!