Hoje é domingo. Levantei
um pouco mais tarde, bebi um copo com água, tomei banho, lavei os cabelos,
vesti outro calção e fui preparar o meu café da manhã.
Parti um pão francês em
pedaços, para fazer torradas no forno microondas. Passei um pouco de manteiga
neles, um pouco de creme de queijo, coloquei pedaços de queijo coalho sobre eles,
azeite e gergelim. Preparei dois ovos mexidos, com as gemas levemente moles.
Olhei para as frutas disponíveis na fruteira, mas não quis nenhuma, naquele
momento. Enquanto isso, minha cafeteira preparava meu cafezinho matinal.
Temos um terracinho, na
nossa varanda. Uma mesinha com duas cadeiras, um pequeno jardim, a visão para
uma pequena parte da rua, em frente ao prédio. Foi ali onde tomei o meu café da
manhã, enquanto meu companheiro dormia o sono dos deuses dominicais.
Estava tudo em
silêncio. Na verdade, ouvi alguns poucos vizinhos conversando em seus
apartamentos. Mas não liguei a TV, deixei o celular no modo silencioso, não
estavam passando carros na rua, não havia som de músicas. Fiquei olhando para o
céu, pois estava bastante azul, ensolarado e o clima ameno e ventilado.
Percebi a minha
respiração. Incrivelmente! Digo isso, porque, no dia a dia, não tenho a prática
de ouvir os sons que saem das minhas narinas ao respirar, tampouco a prática
de perceber o compasso da minha respiração.
E decidi agradecer,
naquele momento silente. Eu estava onde escolhi estar, em um lugar preparado
por mim, pude tomar banho, pude trocar de roupas e pude preparar o meu próprio
café da manhã. Já pensou nisso? Ter a oportunidade de preparar o que escolher
comer, a qualquer momento?.
Foi quando agradeci a
mim, à natureza, ao Criador, ao Universo, por ter aquilo que selecionei para me
alimentar, em minha própria mesinha da varanda.
Quando percebi o sabor
do que estava comendo.
Quando percebi que
tenho um corpo ainda independente de ajuda de outrem.
Quando me senti
privilegiado por ter aquela diversidade, no meu café da manhã.
Quando decidi procurar
mais motivos para agradecer por minúcias do meu cotidiano, em isolamento
social.
Foi quando senti que
fez a diferença pensar assim.
Hoje, a gratidão é por ti, meu café da manhã.
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