http://sosvip.blogspot.com/2010/07/pinturas-de-dedos-e-maos-parte-ii.html |
Embora esteja
realizando trabalhos de forma remota, o que muita gente acha ser mais
tranquilo, mais fácil, mais ameno, meu dia foi cheio e agitado. Muitas ligações
via celular, inúmeras mensagens no whatsapp
para responder, e-mails recebidos,
lidos, respondidos, materiais sendo preparados para formação continuada de
professores etc. Achei que não iria ter meu momento para o silêncio e reflexão.
Mas consegui.
Mesmo com tudo isso, os
meus dedos das mãos não me “deixaram na mão”. Foram tão úteis! Escrevi com
caneta, digitei no computador, foram usados para acessar aplicativos no smartphone, mexi o meu café com leite
com uma colher, levei alimentos à boca, copos com água, lavei louças, escovei
os meus dentes, penteei os cabelos, tirei meleca do nariz, cocei os ouvidos.
Os dedos das mãos! Já
pensou como seria a sua vida sem eles? Já pensou?
Tive a experiência de
ver crianças, jovens e adultos que não podiam usar os seus dedos, por algum
tipo de deficiência ou doença. O meu pai, por exemplo, quando era vivo, em seus
últimos meses não tinha mais movimento com dos dedos das mãos. Sofria com
psoríase e artrite psoriática, o que foi tirando dele movimentos simples, como
mexer na tela do celular, ou escrever com lápis e caneta. Até mesmo apertar as
nossas mãos se tornou algo desconfortável para ele.
Eu via aquelas cenas,
me compadecia, até pedia em minhas orações para que eu não sofresse com aquelas
impossibilidades na minha maturidade. Mas não me lembro de ter passado um dia
pensando nos dedos das minhas mãos como o fiz ao longo do meu dia de hoje.
Não tenho noção de como
seria ter minha vida ressignificada por não poder usar os meus dedos. Pela
manhã, ainda no meu momento de pensamentos para iniciar o dia, elegi esses
pequenos “galhinhos de árvore” como meu motivo de gratidão.
Escrevo este curto
texto, do meu projetito, para não deixar de fazer o registro diário. E hoje,
vocês são os meus escolhidos. Gratidão por serem tão maravilhosos na minha
existência, dedinhos! Que nunca me faltem!